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India e "metafísica hindu" no pensamento poético de António Barahona
Patrícia Calvário
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ResumoPara António Barahona, a época presente evidencia o estado de degradação da humanidade. Nestes tempos de decadência, que, na cosmologia do “hinduísmo”, se designam de Kali-yuga, o poeta tem a missão e o dever de apontar e tornar presente o divino, com uma função que se assemelha à do hierofante. Faremos, nesta exposição, uma reunião de elementos relacionados com a metafísica “hindu”, que se encontram dispersos na obra poética e de transcriação de Barahona, e que o poeta usa, a nosso ver, para ler o mundo contemporâneo. Assim, o poeta vê, na ruptura do homem com o divino, a causa da progressiva degradação da humanidade, que se traduz em todas as suas dimensões, desde a perda de espessura ontológica da linguagem, ou seja, a perda do seu poder teúrgico, à degradação dos próprios ritos religiosos.
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Data da última atualização: 2021-02-24
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