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Responsabilidade Relacional e a Constituição de uma Ética Relacional do Cuidado no Pensamento Bioético
Stella Zita de Azevedo
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ResumoUltrapassando a ideia de que a Bioética é apenas corte epistémico do conhecimento, propõe-se uma reflexão centrada na inseparabilidade dos problemas bioéticos de problemas antropológicos fundamentais, como os da finitude e da vulnerabilidade. O conceito existencial de «fim» contém mais do que o conceito epistemológico de «limite», razão pela qual a compreensão da finitude não pode ser extraída dos saberes «positivos» sobre o corpo, nem da análise do valor epistemológico cognitivo do corpo. Essa compreensão precede toda a biologia e ontologia da vida. Existência, facticidade, perda, caracterizam a finitude, e são constitutivos dos conceitos existenciais de saúde, contingência, doença, morte, sofrimento, e de responsabilidade relacional. Rejeita-se, portanto, a redução da bioética ao lugar de encruzilhadas de paradigmas logocráticos, denunciando-se o acantonamento do debate bioético contemporâneo a uma simplificação de prós e de contras dominante no discurso anglosaxónico. Ao contrário da instrumentalização biotecnológica nas sucessivas reconfigurações dos modelos pós-humano, inumano e transumano, com pretensões aprioristas e universais absolutos, a Bioética necessita de uma viragem quântica. Propõe-se que esta se venha a situar num novo modo de pensar a diferencialidade corpórea, os problemas de saúde pública e ambientais, a imortalidade, para além do saber epistémico e da desvalorização do sofrimento enquanto conhecimento encarnado, sob o olhar de uma Bioética da Finitude.
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Data da última atualização: 2021-02-24
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