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Mobilidades : olhares transdisciplinares sobre um conceito global
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Emigração ilegal e clandestina : agentes, engajadores, estratégias e trajectos das fugas
Henrique Rodrigues
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ResumoO Arquivo do Governo Civil de Viana do Castelo (AGC) conservou um dos maiores acervos e com mais variedade de fontes sobre a problemática das mobilidades, desde a sua fundação em 1835 até à actualidade, cujo fundo ainda se encontra nas instalações onde funcionou esta instituição. A emissão de passaportes, registada em livros para o efeito, e outros corpos documentais associados à mobilidade de mancebos, permitem novas abordagens às dinâmicas migratórias. Além destas fontes, os respectivos processos de requerimento de passaporte e documentos sobre clandestinidade, fuga de jovens, fraudes e engajamento, que se encontram em maços próprios, constituem o corpus documental que nos permitiu a elaboração deste texto. Trata-se de 38 documentos ainda inéditos, datados entre 1875 e 1883. Além destes, usaremos outros dados a lume por nós, correspondentes ao período entre 1854 e 1856, documentos onde se abordam questões relacionadas com emigração ilegal, clandestina, fraudes, agentes de emigração, estratégias de fuga e trajectos, a acção das autoridades e a intervenção de um magistrado, o vice-cônsul de Espanha em Vila Nova de Cerveira, acusado de ser o principal engajador. Além de observarmos o sucesso na luta contra a emigração ilegal, identificamos vários pontos de fuga ao longo da fronteira, quer através de veleiros em Caminha, quer recorrendo aos vapores que saíam por Vigo, precedida de uma travessia «a salto» na passagem do rio Minho.
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Data da última atualização: 2022-06-17
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